Tour do Património Judaico de Lisboa

Destaques do tour

Lisboa

A cidade de Lisboa tem uma forte ligação à comunidade judaica. Uma história longa e atribulada que se inicia antes da fundação da nacionalidade, passando por anos de perseguições e intolerância religiosa e pela 2ª Guerra Mundial, época em que Lisboa foi um porto de abrigo para 10.000 refugiados, até aos dias de hoje.

Alfama

O bairro de Alfama é composto por um labirinto de ruas estreitas, becos sinuosos e muitos lances de escadas. É o bairro mais tradicional e antigo da cidade e onde se situava a pequena judiaria do século XIV. É também o local de nascimento do Fado, a canção típica de Lisboa, classificada como Património Imaterial da Humanidade.

Igreja de São Domingos

A igreja de São Domingos foi construída no século XIII, tornando-se na primeira igreja dominicana de Lisboa. Durante séculos, foi considerada a igreja mais importante da cidade, onde foram realizados os casamentos e baptizados da família real portuguesa. Contudo, foi também o local de um dos maiores massacres, do século XVI, na Península Ibérica. O massacre durou três dias no qual 2.000 pessoas acusadas de serem judeus foram perseguidas, torturadas e mortas. Após este episódio, a igreja foi destruída em várias ocasiões por terremotos e por um forte incêndio, em 1959. A igreja reabriu em 1994 com as marcas do fogo expostas nas paredes dando-lhe uma atmosfera única e fascinante. Hoje, na praça em frente à igreja há um monumento e um mural, inaugurados em 2008, onde se lê “Lisboa, Cidade da Tolerância” em 34 idiomas, relembrando o terrível massacre de 1506 e prestando homenagem a todas as vítimas de intolerância religiosa.

Sinagoga Shaaré Tikvah

O judaísmo em Portugal mudou no início do século XIX, quando os judeus sefarditas de Marrocos e Gibraltar, na sua maioria mercadores, começaram a migrar para Lisboa. Durante o século XIX, a comunidade judaica de Lisboa não tinha uma sinagoga formal e as celebrações religiosas eram em casas particulares. A Sinagoga Shaaré Tikvah (Portões da Esperança), inaugurada em 1904, é a primeira construída de raiz desde a época da Expulsão. Não tem fachada para a rua porque a lei portuguesa na época não permitia a visibilidade de qualquer culto ou religião que não fosse a católica.