As oliveiras existem há muitos milhares de anos, com uma história que remonta a civilizações antigas. As Oliveiras estão entre as mais antigas árvores cultivadas do mundo.
Em Portugal, foram cultivadas pela civilização visigótica e mais tarde, pelos civilização Árabe, produzindo o “az-zait” que significava “sumo de azeitona”, nas regiões do sul de Portugal.
No entanto, foram as ordens religiosas na Idade Média que prestaram especial atenção à produção do azeite.
Numa tentativa de melhorar as suas características, tem sido transformada e adaptada pelo homem, ao longo dos tempos, até se obter a árvore que hoje conhecemos como Olea Europea L.
A Oliveira é uma árvore de porte médio, muito resistente à seca e com raízes que atingem os 6 metros e com um crescimento lento.
Dentro desta espécie existem diversas variedades, produzindo Azeites de cor, aroma e sabor diferentes. As mais utilizadas em Portugal, entre outras, é a Galega (no sul) a Cobrançosa (no norte).
O fabrico do azeite inicia-se com a colheita da azeitona que se realiza entre os meses de Novembro e Fevereiro.
A colheita das azeitonas pode ser feita de forma tradicional subdividindo-se em dois métodos distintos: O método de ‘Ripar’ e de ‘Varejamento’ ou de forma mecanizada.
O método de ‘Ripar’, consiste em apanhar as azeitonas manualmente. As mulheres estenderem-se mantas no chão e os homens sobem às árvores para abanar os ramos e fazerem com que as azeitonas se soltem. As mulheres apanham-nas e colocam-nas em cestos.
O método de ‘Varejamento’ é semelhante ao método anterior com a diferença de se utilizar uma vara para bater os ramos e fazer com que a azeitona caia.
Num Olival de grandes dimensões estes métodos tornaram-se dispendiosos devido às despesas com os trabalhadores dando lugar à apanha mecanizada, hoje adaptada às características da árvore e do terreno.
Uma máquina consegue colher quase tanto como 50 trabalhadores tornando a colheita muito mais eficaz.
Em média, uma oliveira dá 20 Kg de azeitonas, sendo necessários cerca de 5 a 6 Kg para produzir 1 L de Azeite.
Depois de colhida, a azeitona tem de ser limpa, retirando as folhas e os pedaços de rama, e armazenada em caixas específicas para o efeito, a fim de se evitar fermentações, aquecimento, ou aparecimento de bolores que poderão alterar as suas características.
Uma vez armazenada a azeitona é transportada para o lagar para ser ‘laborada’.
No lagar as azeitonas são classificadas em função da variedade, se provenientes do solo ou da árvore, se estão sãs ou atacadas por agentes patogénicos, para serem laboradas em separado.
Todas as azeitonas são lavadas com água corrente de maneira a eliminar qualquer tipo de impurezas.
De seguida passa-se à ‘Moenda’, que consiste na transformação da azeitona numa massa, com a ajuda de um moinho de martelos mecânicos. De seguida procede-se à ‘Batedura’ nesta fase a massa sofre um batimento lento e contínuo, com um suave aquecimento (25 a 30º).
Por fim dá-se a extração do azeite, feita através de centrifugação da massa. Este processo consiste em sujeitar a massa a um movimento de rotação em alta velocidade o que provoca a separação do azeite das águas e bagaço. Depois de separado, o azeite é filtrado de modo a retirar partículas que ainda possam existir, para por fim ser armazenado e embalado.
Existe várias qualidades de Azeites em Portugal, temos:
– Os “Azeites DOP” têm origem numa área geográfica delimitada, com solos e clima característicos. Estes terão de ser produzidos com determinadas variedades de oliveiras, no modo da apanha da azeitona e extração do Azeite que lhes conferem características únicas que os distinguem de outros Azeites. Portugal tem seis regiões demarcadas de produção de azeite.
– Os “Azeites da Agricultura Biológica”
– Os “Azeites Elementares ou Monovarietais” são obtidos de uma só variedade de azeitona.
A Portugal Premium tours propõe uma visita à região do Alentejo onde poderá não só visitar a cidade de Évora, classificada como Património Mundial da Humanidade pela Unesco, como terá a oportunidade de visitar um lagar e fazer uma prova do Azeite da região.